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A teoria da recepção de Stuart Hall

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RESUMO DA TEORIA DA RECEPÇÃO DE STUART HALL      O teórico cultural Stuart Hall nasceu em 1932 em Kingston, Jamaica. Nos primeiros trinta anos de vida do pesquisador, a Jamaica ainda estava sob o domínio da Grã-Bretanha. O ambiente social no qual o autor viveu influenciou as suas produções. Ele publicou diversos textos sobre a interação entre as pessoas e delas com a mídia. "Seus escritos se concentraram principalmente nas ideias de preconceito racial, mídia e teorias sociais e culturais. Ele também dedicou bastante tempo escrevendo sobre hegemonia" (p. 1). Imagem de Stuart Hall: Fonte: International Busenes Times,  Stuart Hall morre aos 82 anos: quem foi o padrinho do multiculturalismo? | IBTimes Reino Unido .      O teórico fez uma nova abordagem da teoria da recepção de Hans-Robert Jauss. Sua teoria ficou conhecida como "Teoria da Codificação e Decodificação de Hall". Hall criticou a simplificação das interações linguísticas implicada na teoria de J...

As cores e os seus significados

  OS SIGNIFICADOS DAS CORES      Nesta postagem resenho um artigo de Hui-Chih Yu (2014), intitulado "Uma análise transcultural de significados simbólicos de cor", cujo objetivo principal é ampliar o conhecimento em inglês sobre as cores para ativar o interesse dos estudantes em aprender inglês através de palavras relacionadas à cores. Nesta resenha, focarei a abordagem que o autor faz da cognição humana das cores, da origem das cores primárias e dos significados das cores em diferentes culturas. A cognição humana das cores      Ao abordar o modo como a mente humana cria as cores, o autor informa que na perspectiva da ciência física, não existem cores reais na natureza, "apenas os vários comprimentos de onda compõem a luz, que é absorvida e refletida por todos os objetos ao nosso redor" (p. 53). Yu explica que a cor surge no nosso cérebro a partir da luz que atinge o nosso olho e vai até ele. Assim, a cor seria uma interpretação dada pela mente humana a...

Metáfora pictórica e multimodal na perspectiva de Forceville (2016)

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INTRODUÇÃO     Nesta postagem resenho um capítulo escrito por Charles Forceville (2015), um texto que foi programado para ser publicado em 2016. Nele, o autor aborda principalmente "as questões que merecem atenção na investigação da metáfora pictórica (ou visual) e da metáfora multimodal envolvendo recursos visuais" (p. 1).      Na estrutura do capítulo, Forceville realiza uma introdução do tema apontando os principais conceitos que foram abordados no texto. Em seguida, ele resume o contexto da pesquisa na área, depois discute os métodos de análise. Por fim, o autor realiza uma análise crítica dos exemplos, das noções estudadas e fecha o texto com conclusões e perspectivas. PRINCIPAIS NOÇÕES E EXEMPLOS DISCUTIDOS NO TEXTO     O estudo das metáforas é apresentado como algo antigo, algo que tem origem desde os filósofos clássicos, como não deixa de ser em muitas ciências contemporâneas. Em seu texto, o autor parte do percurso histórico da área e aponta...

Os sentido do verbal e do não verbal no uso das linguagens online

INTRODUÇÃO      Nesta postagem, tratarei da comunicação online na modalidade verbal e nos usos não verbais. Desse modo, os próximos itens abordam a apresentação de texto e o pragmatismo online , a  pontuação online , os indicadores de força ilocucionária , o significado proposicional , a ironia e o sarcasmo e, por último, os gifs de reação . São todos fenômenos presentes na comunicação online, não somente na interação impressa ou face a face, mas também nas últimas décadas, nas interações online. Essas formas de comunicação são recentes e estão em crescente uso, este fato evidencia a importância de buscarmos compreender mais sobre essas linguagens.      Por isso, a partir do texto "Non-verbal communication online" (2022), de Kate Scott, nesta postagem discorrerei sobre esses fenômenos da linguagem online. Apresentação de texto e o pragmatismo online      Para produzir um texto escrito, seja online ou impresso, o escritor pode lançar mão...

Resumo do texto "emoticons and emoji"

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 1.   Emoticons, Emojis e Adesivos      Nesta postagem abordarei o tópico "emoticons and emoji", do capítulo Comunicação não verbal online . Neste tópico, essas três representações gráficas são apresentadas, caracterizadas, conceituadas e comparadas com as situações de interação face a face. As funções desses recursos digitais não verbais "evoluíram para além de fornecer uma mera representação do rosto de um comunicador, gestos ou linguagem corporal.  Sua contribuição é altamente sensível ao contexto e os usuários que os utilizam por uma série de razões pragmáticas" (p. 89-90). 2. Origens      O emoticon tem a sua origem atribuída ao cientista da computação Scott Fahlman em 1982. Ele sugeriu um emoticon semelhante a um rosto sorrindo para representar uma piada :-) e um emoticon parecido com um rosto triste para indicar coisas que não são piadas :-( . De acordo com o texto base, esse recurso serve para evitar ambiguidades e problemas de comp...

Comunicação do toque - háptica

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1. Linguagem verbal x não verbal      A linguagem é uma capacidade humana complexa e multifacetada. Ela nos permite interagir, comunicar, classificar, categorizar, enfim, uma infinidade de coisas que nos diferenciam dos outros animais. Ela pode se representar verbalmente (por intermédio de palavras faladas ou escritas) ou não verbalmente (através de imagens, gestos, sons, toques, etc). 2. Comunicação pelo toque/háptica       A comunicação pelo toque, chamada de háptica, é uma forma de linguagem não verbal. Sobre essa forma de comunicação, Ferreira e Callado 2013 sublinham que: O toque é um gesto que faz parte do cotidiano, sendo muitas mensagens transmitidas por intermédio dele, podendo por isso, ser considerado um meio facilitador ou complicador da comunicação e da criação de vínculos. É, também, uma necessidade básica do ser humano e precisa ser satisfeita para que o organismo sobreviva, sendo considerada uma das suas sensações mais primitivas (...

Sobre os atos de fala

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                                                                   John Langshaw Austin (1911-1960).       A teoria dos atos de fala está inserida nos estudos da "Pragmática", uma das vertentes dos estudos linguísticos. Essa teoria "considera as frases da língua como ações sobre o real" (Wilson, 2023, p. 92). Conforme Victória Wilson, em capítulo do livro de Martelotta (2023), John Austin foi o precursor da noção de "atos de fala", em seu livro Quando dizer é fazer , publicado postumamente em 1962.        Segundo a teoria dos atos de fala, ao falarmos, realizamos ações como: pedir, perguntar, ordenar, julgar, reclamar, etc. Assim, as falas nas quais realizamos essas ações são "performativas", conforme a perspectiva inaugurada por Austin.    Desse modo, para esse teórico, "diz...